O nosso querido planetinha já passou por várias extinções em massa. Essas paradas drásticas diminuíram a biodiversidade, mas a Terra sempre dá a volta por cima, surgindo novas espécies que se ajustam melhor ao novo cenário!

Pesquisadores e a perspectiva “Gaiana”

Em um estudo fresquinho que surgiu por aí, os pesquisadores sugerem que essas alterações drásticas no ambiente da Terra são benéficas a longo prazo. Eles batizaram essa ideia de perspectiva “Gaiana”. Basicamente, a teoria diz que a vida interage e muda coisas não-vivas do nosso planeta para manter as condições ideais para a vida continuar rolando.

Mas calma! Tem um ponto complicado nessa história. Às vezes, os eventos não criam as melhores condições. Por exemplo, o Grande Evento de Oxidação, que rolou faz entre 2,4 e 2,1 bilhões de anos, foi causado por cianobactérias que mandaram uma quantidade absurda de oxigênio para a atmosfera e mudaram a química do planeta!

extincao animais em massa
Extinção dos dinossauros Imagem DenisSShutterstock

Nessa treta, muitas espécies que não curtiram o oxigênio foram pro beleléu. Mas os autores do estudo lembram que, mesmo que tenha sido um perrengue no curto prazo, o sofrimento ajudou a vida a se tornar mais resistente a longo prazo. Afinal, essa mudança possibilitou o surgimento de organismos multicelulares que respiram oxigênio, dando um gás na energia disponível para a vida!

Além disso, a vida sempre se recuperou após outras crises, como quando a Terra passou por épocas de glaciação em massa, em que o planeta ficou praticamente coberto de gelo! Por isso, a vida se mostra super adaptável!

Impactos na busca por alienígenas

  • Se esses estresses beneficiam a complexidade da vida a longo prazo, isso pode ter implicações na caça por vida alienígena.
  • Pesquisadores acham que planetas que passam por eventos similares têm chances maiores de abrigar vida.
  • Segundo o estudo, “planetas que encaram estresse podem ser os melhores lugares para encontrar vida complexa, já que oferecem mais oportunidades de mudança e adaptação nas biosferas”.
  • Mas olha: sempre pode rolar o risco de que essas formas de vida tenham batido as botas por conta dessas crises!