Polêmica do X e Cloudflare: O que rolou?

Nesta segunda-feira (23), o CEO da Cloudflare, Matthew Prince, veio a público para esclarecer uma situação meio confusa. Ele negou que a empresa estivesse dando uma força para a Anatel na missão de derrubar o X (antigamente conhecido como Twitter). Segundo ele, a plataforma não recebeu nenhuma ajudinha para burlar o bloqueio que rola no Brasil. “Nós apenas fizemos um acordo para utilizar nossos serviços. A mudança de IP foi o que deixou o X disponível de novo,” explicou Prince.

Pessoa vendo um celular com o logo do X
<em>Imagem rafapressShutterstock<em>

“Não sei do que as autoridades brasileiras estão falando (…) não trabalhamos especificamente com elas para bloquear o X ou tornar o X disponível no Brasil,” confessou Prince.

Matthew Prince, CEO da Cloudflare

Por outro lado, a Anatel, em uma declaração anterior na quinta-feira (19), tinha outra versão, afirmando que contou com o apoio da Cloudflare para suspender o acesso ao X novamente. Matthew não deixou barato: “Não houve nada que a Cloudflare tenha feito para facilitar isso”, ressaltou.

Além disso, ele garantiu que não rolou tentativa por parte do X para “driblar” o bloqueio no Brasil: “Não houve nada que o X nos pediu para fazer em termos de eliminar a capacidade do Brasil de bloquear conteúdo,” completou.

X recebe prazo do STF para formalizar representação no Brasil

E por falar em polêmica, no último sábado (21), não é que o STF também entrou na dança? O ministro Alexandre de Moraes pediu para o X enviar, em até cinco dias, documentos que comprovem que a empresa tem uma representação legal aqui no Brasil.

logos de x e stf
<em>O Ministro do STF Alexandre de Moraes solicitou documentos e relatórios a órgãos governamentais Imagem Saulo Ferreira Angelo Shutterstock<em>

Além disso, Moraes também pediu informações detalhadas à Receita Federal, Banco Central, Polícia Federal e Anatel sobre a legalidade da operação da empresa no Brasil. O clima está tenso, hein?