Os tratamentos tradicionais contra o câncer geralmente se concentram em eliminar as células cancerígenas que se multiplicam freneticamente e formam aqueles tumores chatos. Mas, e se esses métodos não derem certo? Aí entra um biomédico brasileiro cheio de ideias, que tá propondo uma abordagem bem doida: em vez de matar as células cancerígenas, a ideia é multiplicá-las, como quem dá um “pane no sistema” do câncer!

Os testes desse método inovador começam no próximo ano, lá na Holanda. Quer saber mais? Vem comigo!

Quando os tratamentos tradicionais não resolvem brasileiro tem uma alternativa inovadora Imagem Ebrahim LotfiShutterstock

Como funciona o combate ao câncer atualmente

Cancer é meio complicado – tudo começa com mutações nas células, que resultam em um crescimento descontrolado. Os tratamentos comuns, como a quimioterapia, têm uma missão simples: exterminar essas células bagunceiras antes que elas façam mais estrago.

Mas, como um expert no Instituto do Câncer em São Paulo, Jorge Sabbaga, explicou: a quimioterapia não escolhe muito bem quem matar. Além das células cancerígenas, ela também pega as células saudáveis no fogo cruzado. Resultado? As células saudáveis, que são mais fortes, saem recuperadas, enquanto as cancerígenas vão pra vala.

Só que nem sempre os métodos tradicionais fazem a mágica acontecer. Às vezes, são necessários novos caminhos!

Biomédico brasileiro Matheus Henrique Dias está puxando a fila na luta contra o câncer Imagem Instituto Butantan

Tratamento inovador quer combater câncer multiplicando células cancerígenas

Em vez de atacar as células, Matheus dos Santos Dias, nosso biomédico brasileiro, resolveu inverter a lógica. Ele propõe multiplicar as células cancerígenas! Isso mesmo! A ideia é que, ao acelerar a multiplicação, as células acabem por se estressar e, assim, melhorem suas chances de morrer.

Segundo o Matheus, essa abordagem é como se você tivesse carros (as células cancerígenas) que estão acelerando demais. Ao invés de frear esses carros, você dá um gás para eles, e eles se superaquecem! E também desliga o sistema de refrigeração, ou seja, eles não conseguem se manter na pista. E, conteúdo extra, os testes em microscópio mostraram que as células tratadas com essa combinação não conseguiram mais se multiplicar!

Em que pé está o novo tratamento para câncer

  • Os testes em pacientes começam no início do ano que vem, na Holanda, focando em tumores de intestino;
  • A equipe vai testar a abordagem para ver como ela funciona com diferentes tipos de câncer e medicamentos;
  • Matheus acredita que a jornada ainda será longa, mas está otimista;
  • Se tudo der certinho, ele estima que o tratamento pode levar de três a cinco anos para chegar aos hospitais.