Se você já ouviu falar da doença de Parkinson, sabe que ela bagunça o controle do movimento das pessoas. Mas tem um detalhe: os tratamentos para essa condição podem, em alguns casos, causar efeitos colaterais que fazem os pacientes agirem de forma compulsiva, tipo compras desenfreadas ou até compulsão por apostas. Eba! Não é legal, né?
Um estudo novo, feito por mentes brilhantes da Fujita Health University, lá no Japão, deu um passo à frente e descobriu uma parte do cérebro que pode ser a responsável por essas reações indesejadas. Com isso, abre-se a possibilidade de controlar esses efeitos chatos sem interromper o tratamento. Olha que massa!
E os efeitos colaterais, quais são?
Uma das principais causas do Parkinson é a diminuição da dopamina, um neurotransmissor que, além de ser o “hormônio da felicidade”, também manda as ordens do cérebro para o resto do corpo. O medicamento pramipexol é uma mão na roda, já que imita a dopamina e ajuda nos sintomas da doença. Porém, durante o tratamento, pode rolar um imprevisto… O paciente pode acabar desenvolvendo comportamentos compulsivos.

Por enquanto, a ciência só tem teorias sobre isso. É provável que seja por conta da desregulação da dopamina, mas agora, pelo menos, já temos uma pista do que pode estar rolando.
E uma parte do cérebro pode ser a culpada!
- No experimento, os pesquisadores observaram os efeitos do pramipexol em ratinhos.
- Depois do tratamento, os bichinhos começaram a arriscar escolhas, quase como se estivessem jogando roleta – o que é bem parecido com os comportamentos compulsivos que os humanos podem ter.
- O globo pálido externo, uma parte do sistema nervoso que ajuda a controlar os movimentos, estava super ativo nos roedores.
- Quando os cientistas “desligaram” essa área com uma substância específica, os efeitos colaterais diminuíram bastante.
- Isso indica que algo ali não estava funcionando legal, provocando essas reações estranhas.

Cientistas acreditam que vai rolar reverter esses efeitos!
Olha que legal: em outros estudos, a estimulação cerebral do globo pálido externo já ajudou em tratamentos de Parkinson. Por isso, a equipe de pesquisa crê que é possível agir nessa região para suavizar os efeitos colaterais do pramipexol.
Ainda estamos no começo das descobertas, mas entender onde o cérebro dá uma vacilada é um baita passo. Isso pode significar melhorias nos tratamentos, desacelerar a progressão da doença e, claro, trazer alívio para pacientes e seus cuidadores.
“Nossas descobertas podem levar ao desenvolvimento de novos medicamentos ou intervenções que tenham como alvo específico o globo pálido externo. Isso ajudaria a prevenir ou reduzir deficiências na tomada de decisões em pacientes com doença de Parkinson”
Hisayoshi Kubota, neurocientista e autor do estudo.
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