Solo do outro lado da Lua tem partículas mais claras

As amostras coletadas pelo Chang’e 6, a missão lunar mais recente da China, estão na boca do povo! Um estudo fresquinho foi lançado revelando que essas amostras, vindas do lado oculto da Lua, têm algumas características bem diferentes das coletadas do lado visível. Prepare-se para um passeio pela história lunar!

Uma bandeira chinesa tremula ao lado da cápsula de retorno de amostras Chang'e-6 após seu pouso na Mongólia Interior. (CFTV/CNSA via Weibo)

Pouso da cápsula de retorno de amostras Chang’e-6 na Mongólia Interior. Crédito: CFTV/CNSA via Weibo

O Chang’e 6 passou 53 dias no espaço, tendo o objetivo nobre de coletar amostras da cratera Apollo. A sonda teve todo um trabalho danado: abriu buracos no solo lunar e mandou os materiais para a Terra com um módulo de reentrada que trouxe cerca de 1,9 kg de solo, no final de junho. Agora, esses pedacinhos de Lua estão sob os holofotes dos cientistas!

chang'e 6

Uma imagem da sonda Chang’e 6 no lado oculto da Lua, capturada pelo minirrover da missão, Jinchan. Crédito: CNSA

As novidades vêm com a assinatura da pesquisadora Li Chunlai e afirmam que as amostras do lado oculto são mais leves e porosas! Isso mesmo, o lado invisível da Lua parece ser mais “levesinha”, com menos densidade do que o lado visível. Além disso, esse solo possui uma maior quantidade de partículas claras, como feldspato e vidro. Isso dá a entender que a área de coleta foi influenciada por impactos de asteroides, misturando rochas locais com material de longe.

Outro ponto legal é que as amostras têm menos KREEP (que é basicamente uma mistura de potássio, terras raras e fósforo), o que é bastante comum do lado que conseguimos ver da Lua. Essa diferença ajuda a explicar porque cada lado do nosso satélite tem suas particularidades tão únicas!

Enquanto os cientistas analisam essas novas amostras, as expectativas são altas. Esse monte de informações deve trazer novas luzes sobre a formação da Lua e suas atividades vulcânicas. Assim, quem sabe, podemos entender melhor a história do nosso companheiro lunar e dos impactos que o moldaram ao longo de bilhões de anos. E aí, ansiosos por mais descobertas?