O Enigma Gelado de Ceres: O Planeta Anão que Pode Ter Uma Crosta de Gelo!

Desde que o Giuseppe Piazzi o descobriu em 1801, o planeta anão Ceres, que está lá no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, tem deixado os cientistas de cabelo em pé!

Imagina a cena: uma superfície cheia de crateras de impacto que, por muito tempo, fez todo mundo achar que Ceres não tinha muito gelo, já que aquelas marcas pareciam super estáveis. Mas quem diria que estava tudo prestes a mudar?

Ceres
Reprodução artística da superfície de Ceres Crédito AndamatiShutterstock

Uma nova pesquisa, fresquinha publicada na Nature Astronomy, trouxe uma bomba: parece que Ceres pode ter uma crosta de gelo por cima e, no passado, possivelmente até um oceano lamacento!

Pesquisadores da Universidade de Purdue e do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (JPL) se uniram para realizar simulações que colocaram as crateras de Ceres sob um microscópio, analisando como elas se deformaram ao longo de bilhões de anos. E quem liderou essa aventura? Ian Pamerleau, um estudante de doutorado, junto com Mike Sori, professor de Ciências da Terra de Purdue, e a pesquisadora Jennifer Scully do JPL.

Ceres e seu Gelo: O que a Pesquisa Revelou!

“Acreditamos que há bastante gelo de água perto da superfície de Ceres, mas que ele diminui conforme você vai mais fundo”, comentou Sori. Essa nova visão é radicalmente diferente do que se pensava antes, onde acredit-se que apenas 30% da composição do planeta anão era gelo. Agora, os cientistas estão apostando que esse número pode chegar a impressionantes 90%!

O estudo sugere que, lá no passado, Ceres tinha um oceano de lama que, com o tempo, virou uma crosta gelada recheada de pedrinhas. As simulações mostraram que essa crosta cheia de gelo poderia manter as crateras mais estáveis do que se pensava, o que era uma grande dúvida antes.

Ikapati, uma das crateras em Ceres, vista através de simulações da missão Dawn. Crédito: NASA / JPL-Caltech / UCLA / MPS / DLR / IDA

A missão Dawn da NASA, que investigou Ceres entre 2015 e 2018, foi uma verdadeira caixinha de surpresas. Os dados mostram que o subsolo do asteroide pode ser rico em gelo e que a superfície está cheia de evidências de gelo impuro. Além disso, as medições de gravidade também deram uma força nessa teoria!

Sori ainda comentou que, embora Ceres seja classificado como um asteroide, ele tem características planetárias impressionantes, como vulcões e deslizamentos de terra, tornando-se um alvo perfeito para futuras expedições espaciais. E quem diria que as características brilhantes na superfície poderiam ser vestígios desse antigo oceano lamacento? Ceres ainda tem muitas histórias para contar!